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quinta-feira, 13 de julho de 2017

PROJETO “A TERRA DA ESCRITA” - BMEL - OFICINA DE ESCRITA

Exercícios resultantes da oficina dinamizada por Luís Chaves, nos meses de março e maio, com o 8º C, no contexto do projeto “A Terra da Escrita”, da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço. A oficina realizou-se com turmas do segundo, do terceiro ciclo e do secundário, dos Agrupamentos de Escolas da Guarda.
Bruno Monteiro

Guilherme Castro



Jéssica Mendes



Cantou o galo, sinto que está na hora de eu começar a tocar.
Chegaram as seis horas da manhã, começo a dar as badaladas para que as pessoas se levantem, pois, está na hora de irem para o trabalho. Será que ficaram maldispostas por ouvir-me? E que fiz com que o dia delas ficasse aborrecido?
Este tempo não dá com nada, a chuva e o frio fazem com que toda a gente fique com as caras trancadas. Até eu, que sou um relógio, sinto-me húmido e cansado. Valem muito mais aquelas manhãs de verão em que toda a gente levanta-se cedo, com vontade de aproveitar a vida.
Já vai para as 10h e não há quase ninguém na rua, não é normal, pois a D. Maria passa aqui todas as manhãs por volta das 9h para comprar o pão. Será que deixou-se dormir? Será que está doente?
Começo a estranhar a falta de pessoas a passarem pela rua, está tudo muito parado, nem o Senhor José veio abrir a loja dos eletrodomésticos.
Acabou de passar por mim o menino Filipe e parecia muito contente. Será que já voltou a fazer asneiras? Já não era a primeira vez que atrasava as horas. Mas, se foi ele, pode ter a certeza que vai sofrer consequências graves. De repente, começam todos a sair das suas casas atarefados e a queixarem-se do atraso das horas. Bem me parecia que alguma coisa não estava certa e a culpa fica minha.
Mas o maior problema disto tudo é voltar a dar as horas certas.
Vamos ver no que isto dá.
Jéssica Mendes



                                                           Isilda Marques




                                                       Francisco Pereira dos Santos



Finalmente na Amazónia! Mais uma aventura pela frente, já estava cansado de estar dentro da mochila dos meus donos. Quero sentir o ar e a beleza da Natureza, pois é uma sensação única e que me inspira para tirar fotos da melhor qualidade …
Infelizmente, os meus donos perderam as refeições, logo eu estou a ficar cada vez mais fraco. Tenho de arranjar alguma forma de conseguir alimentar-me… Em todas as aventuras em que já participei, em todos os cantos do mundo, nunca tinha ocorrido uma situação como esta! Acho que já sei como irei resolver a situação! Vou tirar as refeições dos telefones dos meus donos para mim, pois acho que sou bem mais importante do que aqueles indivíduos que só servem para entrar nas redes sociais, onde se fala das vidas das outras pessoas… Então, hoje, durante a noite, vou adquirir aquelas refeições.
Já estou cá e estou como novo, tive que ultrapassar o leve sono dos meus donos e os indivíduos das redes sociais, que nem deram conta de que passei, pois, como é óbvio, estavam a conversar sobre o que as pessoas tinham colocado lá!
Objetivo concluído, agora vou poder desfrutar de todas as maravilhas aqui na Amazónia, observar paisagens, ouvir o som dos animais, como os pássaros, e poder sentir o cheiro característico da Natureza!
Francisco Pereira dos Santos





O invulgar Mohamed
Mohamed Al-Qaed viveu durante muitos anos num dos lugares mais estranhos do mundo, de nome “Mohamedlândia”. O povo inteiro temia o perigoso Mohamed porque dizia-se que ele estava ligado a algo sobrenatural.
Certo dia, dois jovens, chamados Asdrúbal e Mário Joaquim, encontraram-se com Mohamed, à noite, e tentaram “arrancar-lhe” algumas palavras, mas sem sucesso.
O temido homem, com apenas um gesto, fez com que um grupo de pneus velhos, que se encontrava por ali, a um canto, ganhasse vida. Por mais incrível que pareça, Mohamed, morosamente, foi subindo ao céu, onde a estrelas se movimentavam muito rapidamente, até que de um momento para o outro desapareceu soltando um pó. De seguida, sem que Asdrúbal e Mário Joaquim tivessem tempo de reação, Mohamed apareceu de novo. Ele tinha aparecido para os levar consigo para uma suposta “nova dimensão”.
Até aos dias de hoje, não se sabe o que aconteceu realmente, mas, neste momento, estão a ser feitas buscas com uma nova tecnologia prometedora, “Pulgólia”, isto é, pulgas inteligentes à procura de algo sobrenatural.
Francisco Pereira dos Santos

Texto a partir da lenda “Fonte de Marrocos”.





João Rodrigues




                                                                                             Rafael Santos



                                                                                             João Meda




                                                                                          Gonçalo Patrício



Hoje, acordei com uma forte dor de dentes e com muito frio, fiz uma ferida na minha boca e agora não a consigo fechar completamente. O meu dono já me marcou uma consulta, mas já estou farta de esperar e nunca mais vou...
Agora, já me sinto muito melhor, já consigo fechar bem a boca e tenho um "fecho" novo. Nestes últimos dias, como estive doente, o meu dono decidiu não me usar, fiquei de férias. Mas agora começa uma nova etapa da minha vida, "fecho novo" não é para todas as malas. Agora, como estou boa, ele já me dá uso e tenho andado muito cansada de andar de um lado para o outro.
Hoje, quando o meu dono ia encher-me, senti um objeto esquisito na barriga, e quando detetei eram livros, canetas, cadernos, folhas... Eu não me sinto bem com este material e então tenho de fazer alguma coisa para ele não me carregar com estes objetos.
Passada uma semana, estávamos a entrar no metro, o meu dono subiu e eu ia agarrada a ele, conforme fecharam-se as portas, a minha alça ficou presa e entalei-me.
Com isto, e como o meu dono nunca irá abandonar-me, fui ao médico, mais uma vez, e fiquei com uma alça nova. A partir daqui ele nunca mais me usou para outros efeitos sem ser a minha profissão, transportar o computador e os seus elementos.
Gonçalo Patrício





Política ou Turismo?
Donald Trump vivia numa aldeia tristonha, tendo por companhia Obama. Trump enchia-se de esperança de que um dia pudesse viajar até ao outro lado do mundo, e andava cada vez mais ansioso com a ideia.
Numa noite de roubos e assaltos, em que ele olhava para as grades da sua casa, desceu e pousou nelas um balão quente em que Sócrates incentivava Trump a viajar. Ele ficou com o assunto na cabeça. Mais tarde, pensou, já na companhia de Obama, sobre a possibilidade concreta de ir ver o outro lado do mundo.
Então, Trump chamou Sócrates, que agora era o seu G.P.S, e decidiram ir visitar o resto do mundo.
Obama acabou por sucumbir a tão dura jornada, tendo sido socorrido no Hospital de Guterres.
Sócrates e Trump continuaram a tão dolorosa viajem, até que chegaram à loja do Feirinhas. Paulo Portas recomendou logo beberem um belo café na sua máquina especial. Com o café no papo, foram visitar a clínica dentaria do Professor Marcelo, onde puderam compor os seus dentes de ouro.
Todos reunidos, foram visitar a Serra do Sol, mas Marcelo e Sócrates caíram no meio da montanha.
Ainda hoje se diz que quase toda a gente tropeça e cai no lugar onde ambos caíram.

Gonçalo Pires Patrício. 

Texto a partir da lenda “A Serra e a Estrela”.

                                                                                               Eduardo Almeida




 Rita Dinis


Sinto-me muito estranha, nem sei como explicar. Pensei que, toda a gente a teclar em mim 24 horas por dia, seria engraçado, mas agora acho que se torna bastante cansativo. Para além disso, a minha dona, a Rita, comprou-me uma capa cor de rosa muito apertadinha e sinto-me desconfortável.
Nestes últimos dias, tenho-me sentido triste, pois já estou a ficar velho e doente. Já caí muitas vezes e por isso não tenho uma perna.
Agora, os pais da Rita estão a pensar comprar-lhe um telemóvel novo e não sei qual será o meu destino. Será que irei ficar abandonado? Será que irei parar ao lixo? Eu sou um telemóvel "Samsung" (sei que sou de boa marca), mas se ela tiver de trocar-me com um novo não vai hesitar. Isto deixa-me aborrecido, já estou há tanto tempo com ela e será que vai trocar-me?
A Rita acabou por comprar mesmo um telemóvel novo. Mas o meu destino não foi assim tão triste como pensei. Levou-me para uma loja de telemóveis usados e aí pensei que era o meu fim!! No entanto, entrou uma velhinha, a D. Inês, e o dono da loja, o Filipe, mostrou-lhe todos os telemóveis que tinha. No meio de tantos, eu agradei-lhe, mesmo estando meio escondido no fundinho de uma prateleira.
A partir daí, fui muito feliz, a D. Inês tratou-me muito bem e ficou comigo para sempre!
Rita Dinis




Luís Moura Hilário


A Fonte da Adega da Moura
Viveu em Pinhel, nos recuados tempos da sua formação, uma mulher que o povo via, por vezes, a carregar garrafões de vinho, trajada de uma forma pouco comum e de uma beleza extraordinária. 
Sabiam que ela descendia de sangue Mouro, do norte de África. Não era batizada, não era católica, vivia em paz com os outros e os outros com ela. 
Não falava com ninguém, exceto quando fazia negócios para vender os garrafões de vinho de origem desconhecida. 
Nas feiras de Pinhel, aparecia com o seu cão, de nome Caneca, que era o companheiro leal e sócio, para a ajudar a montar as tendas. Ele era uma ajuda preciosa para ganhar o sustento. 
As pessoas insistiam em perguntar-lhe de onde era proveniente o vinho, que parecia mágico. Muitas delas, compravam mais do que três garrafões, pensando que se bebessem ficavam com superpoderes.
Uns diziam que era rica outros meia rica, mas isso pouco importava porque o que eles não sabiam era de onde é que ela extraia aquele vinho tão bom, tão saboroso ao paladar, com características inexplicáveis. Por mais que os aldeões tentassem igualá-lo nos seus lagares, nunca conseguiam descobrir como o vinho era feito. Mas na verdade não era assim tão difícil, bastava utilizar os caules inteiros das uvas e ter muita experiência no ofício para fazer o vinho. Depois disso, era só passá-lo para a fonte onde a moura tinha incorporado uma adega. 
Passado uns séculos, um rapaz abriu a fonte sem saber como, e lembrou-se da lenda da moura que o avô lhe contara. A partir dai, a fonte passou a ser chamada a Fonte da Adega da Moura.
Luís Moura Hilário. 
Texto a partir da lenda “Fonte de Marrocos”.


Nuno Silva



Gonçalo Matos





David Pires

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